sábado, 8 de agosto de 2015

10º Dia - Hospital de Órbigo / Molinaseca


Hoje o dia foi brutal (no bom sentido e para quem gosta de saborear um toque de "Extreme" numa aventura, como é o meu caso). Assim que acordei chovia torrencialmente (com trovoadas à mistura e tudo) e com o convite do dono do "albergue" em ficar para não ter de ir "nadar" no caminho, foi muito tentador adiar a etapa 1 dia... Até que a chuva parava e recomeçava menos intensamente...Foi quando, tarde e más horas, me decidi a seguir caminho.

Depois de um engano no caminho vejo Juan e Filipo (não fui o único a partir tarde eheh), apanhei "boleia" deles e toca a comer kms, que queremos ver Astorga (vila Romana muito bonita e onde o caminho primitivo se cruza com o francês). Depois de visitada, mais uns kms de estrada e estradões para queimar até chegar finalmente à serra onde subiríamos até à Cruz de Ferro. As subidas eram técnicas, com muita pedra (xisto principalmente) e lama à mistura, o que fez as minhas delícias, apesar de muito esforço requerido.


A certa altura parámos para comer qualquer coisa numa aldeia no meio da serra e começa a chover quase que a modos de uma tempestade... vimos que apesar de muita, era chuva para durar pouco... aproveitou-se para almoçar no mesmo sítio, que, já agora, era mesmo ao meu estilo! Um autêntico refúgio onde o espírito zen era promovido em força, desde os produtos (como bolo com aveia, passas e frutos secos) até aos serviços (Yoga, Raiky, etc). Escusado será dizer que o meu almoço finalmente era vegetariano! Depois de um bom bocado passado abrigados da chuva barulhenta (que até enxurradas fazia em frente ao "refúgio"), no quente daquela casita cheia de aventureiros e bom espírito, a chuva deu tréguas e voltámos ao frio para mais umas pedaladas.


Chegando a Cruz de Ferro aprendi que, "tradicionalmente", se deve levar uma pedra desde o Monte dos Pecados, tão grande quanto os próprios pecados, para depositar nesta cruz... como somos 3 tipos certinhos levámos apenas algum pó nas bicicletas...eheh



A partir daqui até Molinaseca foi sempre a descer! Quem quiser pode ir por alcatrão, mas quem goste de descidas técnicas sem fim, o caminho oferece isso! Das melhores descidas que fiz até agora, sempre com paisagens espetaculares e muitas curvas, pedras sempre a exigir domínio da bicicleta. Penso que ao todo terá sido 1 hora a descer... sim, parece coisa de filme, mas aqui existe mesmo eheh.



No fim, os dois companheiros seguiram caminho e eu optei por ficar em Molinaseca (já eram 16h e batia certo com o sugerido pelo guia "bicigrino") uma aldeia engraçada, que se pode estar sempre a apreciar a serra no seu redor.







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